Historia do Cimento queimado – Cimento portland

O material, conhecido dos antigos egípcios, ganhou o nome atual no século XIX graças à
semelhança com as rochas da ilha britânica de Portland.

A palavra “cimento” serve para indicar qualquer substância utilizada para manter vários materiais
juntos
e vem sendo utilizado como aglomerante há milênios, ninguém sabe dizer ao certo quando é que
ele foi inventado.

Existem evidências de que essa substância era usada pelos antigos macedônios, embora ela
tenha sido popularizada mesmo durante o Império Romano, quando os romanos usavam esse material
para construir incríveis estruturas. Uma das formas mais antigas de cimento criadas por esse povo
consistia em uma mistura de cinzas vulcânicas e cal.

Hoje em dia, entretanto, esse material normalmente apresenta duas formas: a hidráulica e a não
hidráulica.

A primeira forma se refere a qualquer tipo de cimento que precisa da adição de água para dar
início à reação química que endurece a mistura e também a torna resistente à água. Esse é o tipo mais
usados atualmente, já que é incrivelmente multifuncional.

A palavra CIMENTO é originada do latim CAEMENTU, que designava na velha Roma espécie de
pedra natural de rochedos e não esquadrejada. A origem do cimento remonta há cerca de 4.500 anos. Os
imponentes monumentos do Egito antigo já utilizavam uma liga constituída por uma mistura de gesso
calcinado.

As grandes obras gregas e romanas, como o Panteão e o Coliseu, foram construídas com o uso
de solos de origem vulcânica da ilha grega de Santorino ou das proximidades da cidade italiana de
Pozzuoli, que possuíam propriedades de endurecimento sob a ação da água.

O grande passo no desenvolvimento do cimento foi dado em 1756 pelo inglês John Smeaton, que
conseguiu obter um produto de alta resistência por meio de calcinação de calcários moles e argilosos. Em
1818, o francês Vicat obteve resultados semelhantes aos de Smeaton, pela mistura de componentes
argilosos e calcários. Ele é considerado o inventor do cimento artificial. Em 1824, o construtor inglês
Joseph Aspdin queimou conjuntamente pedras calcárias e argila, transformando-as num pó fino.
Percebeu que obtinha uma mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto as pedras empregadas
nas construções.

A mistura não se dissolvia em água e foi patenteada pelo construtor no mesmo ano, com o nome
de cimento Portland, que recebeu esse nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez
semelhantes às rochas da ilha britânica de Portland.

O CIMENTO PORTLAND NO BRASIL

No Brasil, estudos para aplicar os conhecimentos relativos à fabricação do cimento Portland
ocorreram aparentemente em 1888, quando o comendador Antônio Proost Rodovalho empenhou-se em
instalar uma fábrica na fazenda Santo Antônio, de sua propriedade, situada em Sorocaba-SP. Várias
iniciativas esporádicas de fabricação de cimento foram desenvolvidas nessa época.

Assim, chegou a funcionar durante apenas três meses, em 1892, uma pequena instalação produtora na ilha de Tiriri, na Paraíba, cuja construção data de 1890, por iniciativa do engenheiro Louis Felipe Alves da Nóbrega, que
estudara na França e chegara ao Brasil com novas ideias, tendo inclusive o projeto da fábrica pronto e
publicado em livro de sua autoria.

Atribui-se o fracasso do empreendimento não à qualidade do produto, mas à distância dos centros consumidores e à pequena escala de produção, que não conseguia competitividade com os cimentos importados da época.

A usina de Rodovalho lançou em 1897 sua primeira produção – o cimento marca Santo Antonio
– e operou até 1904, quando interrompeu suas atividades. Voltou em 1907, mas experimentou problemas
de qualidade e extinguiu-se definitivamente em 1918. Em Cachoeiro do Itapemirim, o governo do Espírito
Santo fundou, em 1912, uma fábrica que funcionou até 1924, com precariedade e produção de apenas
8.000 toneladas por ano, sendo então paralisada, voltando a funcionar em 1935, após modernização.

Todas essas etapas não passaram de meras tentativas que culminaram, em 1924, com a
implantação pela Companhia Brasileira de Cimento Portland de uma fábrica em Perus, Estado de São
Paulo, cuja construção pode ser considerada como o marco da implantação da indústria brasileira de
cimento. As primeiras toneladas foram produzidas e colocadas no mercado em 1926. Até então, o
consumo de cimento no país dependia exclusivamente do produto importado.

A produção nacional foi gradativamente elevada com a implantação de novas fábricas e a
participação de produtos importados oscilou durante as décadas seguintes, até praticamente desaparecer
nos dias de hoje.

ADITIVOS

Senão tão importante como o próprio cimento, os aditivos – em uma versão orgânica – já eram usados
pelos incas e romanos. De acordo com alguns estudos, claras de ovos eram adicionadas ao concreto para
torna-lo mais fácil de trabalhar. No Brasil, há registros de obras históricas, igrejas e pontes como os Arcos
da Lapa (RJ), onde o óleo de baleia era agregado à argamassa, a fim de solidificar as construções.

Ao longo do tempo, uma série de aditivos sintéticos especiais foram desenvolvidos para apender mais dureza,
resistência, durabilidade, trabalhabilidade
, além de reduzir a hidratação (evitando rachaduras e
segregação), além de acelerar o processo de desforma do material, como no caso dos pré-moldados. Tudo
isso deixou o concreto ainda mais versátil, permitindo grandes criações no passado e também no período
arquitetônico em que vivemos, em que o bonito não é perfeito.

O CONTRAPISO NO BRASIL ( A HISTORIA )

Contrapiso é uma camada de argamassa aplicada sobre uma base no piso, como uma laje estrutural ou
lastro de concreto
. Tem a finalidade de regularizar, nivelar e dar caimento ao piso, servindo geralmente
de substrato para um posterior acabamento, como de placas cerâmicas, assoalho de madeira ou manta
vinílica
.

História

Os antigos romanos já usavam uma base de concreto que pode ser comparada ao contrapiso atual. Em
De architectura, Vitrúvio descreve uma preparação de piso constituída por uma camada de concreto de
cal e cascalho, com um traço de 1:2,5 a 1:3, e espessura de 222 mm, e outra de cal e tijolo moído, a um
traço de 1:3, e espessura de 111 mm. Este pavimento serviria de base para a posterior aplicação de placas
de mármore ou mosaico.

Tipos de contrapiso

Barros classifica os contrapisos quanto a três variáveis: número de camadas, tipo de aderência com o
substrato, e materiais utilizados.

Quanto às camadas

Camada única: constituído por um único tipo de argamassa. Pode ser aplicado em mais de uma
operação
, contanto que imediatamente consecutivas, havendo incorporação completa à camada
anterior, sem a criação de uma superfície de separação entre elas.

Múltiplas camadas: constituído por argamassas de composições distintas; geralmente sendo a
primeira camada de enchimento, mais leve, com argamassa mais fraca, e de maior espessura (20 a 50
mm), e a segunda, de acabamento, com argamassa de maior teor de cimento, e de menor espessura (15
a 20 mm).

Quanto à aderência

Aderido:

com contato efetivo com a base, de maneira que os esforços atuantes e as deformações
sejam transferidos de um para o outro. Pode ser aplicado sobre a laje endurecida, que deve ser
previamente molhada para que não absorva água demais da argamassa, prejudicando a cura desta última.
Alternativamente, pode ser incorporado à laje, quando é executado em no máximo 3 horas após a
concretagem desta, evitando a diferença de retração entre os dois elementos, o que diminui as chances
de fissuração e permite menores espessuras (10 a 25 mm).

Não aderido:

lançado sobre uma base impermeabilizada ou sem preparação prévia, podendo estar
contaminada com óleos, graxas e poeira. Deverá ter espessura mínima de 35 mm. A partir de de 50 mm,
entretanto, deverá ser executado com mais de uma camada, sendo a de acabamento de no mínimo 20
mm.

Flutuante:

aplicado sobre uma camada intermediária de isolamento térmico e acústico e/ou de
impermeabilização, de forma que também não haja vinculação com elementos limítrofes, como paredes
e tubulações. A espessura do contrapiso variará entre 40 a 70 mm de acordo com as propriedades
mecânicas do material usado na camada intermediária.

Quanto aos materiais

Cimento e areia: tipo mais utilizado no Brasil, geralmente dosado em volume no traço 1:6. a areia
substituída por agregados leves, como vermiculita, argila expandida e escória de alto-forno. Este tipo de
argamassa é mais indicado para a camada de enchimento — no caso de contrapiso de camadas múltiplas
—, o que diminui a carga permanente do edifício. Esta camada pode desempenhar uma função de
isolamento térmico e acústico. Anidrita e agregado miúdo: neste tipo, o cimento é substituído pela
anidrita, a um traço de 1:2,5. Como a anidrita tem pega lenta, um acelerador de pega pode ser usado.
Este tipo de argamassa não apresenta retração por secagem, portanto um contrapiso deste tipo pode ser
aplicado a pequenas espessuras, de até 25 mm. Cloreto de magnésio e agregado miúdo: neste caso o
aglomerante é o cloreto de magnésio e o agregado miúdo é um fíler, a um traço de 1:3,5, com espessura
variando de 20 a 25 mm. Devido à corrosividade do cloreto de magnésio, é comum isolar a base do
contrapiso com uma membrana impermeável. Outros materiais aglomerantes, como o asfalto e o
betume.

A HISTORIA DO CIMENTO QUEIMADO NO BRASIL ( O INICIO )

O cimento Portland é o segundo material mais consumido no planeta, perdendo apenas para a água

O cimento queimado é um dos acabamentos mais usados em casas brasileiras desde o início dos tempos,
antes esse acabamento feito em piso de barro (índios) hoje de cimento Portland. O custo e a beleza, é um
dos principais fatores desta escolha
, mas o que faz ele tão popular que trance de a barreira financeira e o
faz entrar nas casas de classe, Alta e Média?

Teoricamente essas classes sociais teriam o poder aquisitivo de escolher o mais moderno tipo de piso que existe no mercado, mas optam muito das vezes nesse tipo de acabamento por sua beleza e uma lembrança contemporânea.

Na Popularização do Cimento Portland após a sua descoberta e industrialização, os mestres da
construção utizariam o próprio pó do cimento como acabamento em pisos e paredes, utilizando de
técnicas primarias. Mas não se tem uma data exata da criação desse revestimento, porém temos relatos
da época de Alexandre o Grande e se pai Felipe, utilizando desse acabamento liso e de semelhante
composição em sua jornada comprovado em artefatos encontrados nessa data, e após a análise dos
artefatos, os arqueólogos determinaram que os macedônios não eram somente grandes guerreiros, mas
também foram construtores revolucionários.
Evidências mostram que eles usavam cimento três séculos
antes dos romanos,
a quem, até então, se atribuía a invenção do composto.

Mas não paramos ai, essa técnica utilizada no cimento queimado data de bem antes com outros
materiais, o acabamento liso como no início dos tempos, em cerâmicas como pratos jarros copos feito a
mão e com pequenas ferramentas,
e também nos mais diversos produtos feitos pelas mãos humanas,
mas com o surgimento do cimento, a necessidade da criação de um piso liso fez com que se utilizasse o
cimento para a criação de uma superfície lisa e aconchegante para que não agrida os pés, e assim surgiu
a primeira fase do cimento queimado.

Com essa evolução extraordinária do pó que vira pedra, buscamos de várias forma moldar esse
produto, porem como o composto Cimento Portland é totalmente corrosivo nas peles humanas, e com o
desenvolvimento de ferramentas de ferro e aço, conseguimos trabalhar o cimento sem os problemas de
dedos cortados, infecções, inflamações e problemas de pele
que os mestres da construção tinham

constantemente em trabalhar esse produto, diante do problema vem a necessidade do desenvolvimento
de ferramenta que não fossem tão sensíveis ao produto
, a solução foi o ferro, e assim o desenvolvimento
das ferramenta que conhecemos como colheres de pedreiros, feitas de aços pelos ferreiros, mais a frente
remodeladas em desempenadeiras de aço para facilitar as aplicações da argamassa cimentícia em
superfícies e substratos retos a argamassa do Cimento Portland.

Essa técnica de acabamento em pisos paredes tetos de casas e comércios, não está impregnada
somente no Brasil, mais em si, existem fatos arquitetônicos que testificam que existe esse método de
acabamento em vários países e em datas milenares que se percorrem até hoje no mundo todo
.
Em minha pesquisa chego a concluir que esse tipo de piso foi um dos primeiros tipos de
acabamento que a mente humana criou.


E se em nossos DNA está o mapa genético de experiencias vivenciadas pelos nossos antepassados, entendo hoje porque esse tipo de piso, nessa aparência e textura, e tão aclamado pelos mais diversos níveis de classe social. É porque esse é o primeiro tipo de piso que a humanidade em massa teve e terá aplicado nas mais diversas casas, comércios, museus, monumentos, etc. que o mundo já conheceu sendo ele aplicado primeiramente com material sendo barro e recentemente a menos de 2 séculos para a humanidade contando que em dezenas de milhares de anos conheceu o barro como piso, o cimento Portland e uma tecnologia nova em pisos no entendimento em
nosso material genético.

Aqui temos o maior prazer em sermos profissionais dessa técnica milenarmente conhecida e
difundida, não teria como quantificar quantas casas já foi aplicado esse sistema de acabamento, mais
temos uma cultura que se estende de gerações em gerações em fazê-los, e isso será de suma importância
para o conhecimento desse tipo de solução para sua residência.

A composição é basicamente cimento, por sua durabilidade e flexibilidade, pelo aspecto final e pelas várias cores e acabamentos, o cimento queimado pode ser visto nas mais simples cassa rurais (onde lá pode ser muitas vezes chamados de vermelhão), e nas mais finas residências das grandes Cidades.

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